COVID-19

29-12-2020

COVID-19 é o nome dado pela Organização Mundial da Saúde, à doença provocada pelo novo coronavírus SARS-COV-2, "síndrome respiratória aguda grave - coronavírus 2". Este vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, na cidade chinesa de Wuhan, no final de 2019, tendo sido posteriormente confirmados casos em todo o mundo (pandemia). A OMS (Organização Mundial da Saúde) deu este nome à doença, pois esta resulta das palavras "Corona", "Vírus" e "Doença" com indicação do ano em que surgiu (2019).

A sua transmissão pode ocorre por transmissão direta (contacto próximo com pessoas infetadas) ou transmissão indirecta (através do contacto com superfícies ou objectos contaminados).

Esta doença, pode manifestar-se como uma gripe comum ou desenvolver para uma doença mais grave, como pneumonia. Caso desenvolva a doença mais grave, esta pode resultar numa insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, e eventual morte. Qualquer pessoa corre o risco de contrair este vírus, mas existem dois grupos em que o risco é mais elevado de contrair a doença mais grave - os idosos e os doentes crónicos (ex: doentes cardíacos e pulmonares).

Os sintomas mais comuns associados a esta infeção são:

   - Febre (≥ 38.0ºC), sem outra causa aparente;

   - Tosse;

   - Dores de cabeça;

   - Dores no corpo generalizadas;

   - Dificuldade respiratória (dispneia), sem outra causa aparente;

   - Perda total ou parcial do olfato (anosmia);

   - Perda de paladar (ageusia);

   - Perturbação ou diminuição do sentido do paladar (disgeusia).

Atualmente considera-se o período de contágio (desde a exposição ao vírus até ao surgimento de sintomas) entre 1 e 14 dias. Há pessoas que não apresentam sintomas (assintomáticas). A sua transmissão pode ocorrer cerca de um a dois dias antes do aparecimento dos sintomas, sendo mais infeciosa durante o período sintomático (em que apresenta sintomas). O período infecioso, estima-se que dure de 7 a 12 dias em casos moderados e até duas semanas, em média, em casos graves.


Como poderemos prevenir o contágio?

As medidas mais eficazes são:

- Higienização das mãos

   * Lavar várias vezes ao longo do dia (antes e depois de comer, de ir à casa de banho, ao chegar a casa ou trabalho), sempre que se justifique;

  * Lavar com água e sabão, no mínimo durante 20 segundos (palmas, dorso, dedos, pulso), secando-as bem;

   * Desinfectar com solução à base de álcool 70% (remover todos os objectos de bijuteria).

- Etiqueta Respiratória 

   * Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir, com um lenço descartável ou antebraço;

   * Após utilização do lenço, deitar no lixo

   * Lavar as mãos de seguida;

   * Distanciamento social (a 2 metros).

- Uso de máscaras (medida adicional de proteção, complementando as referidas anteriormente)

   * Para o uso correto da mesma deve colocá-la e retirá-la em segurança

       » Colocar a máscara: 

        1) Lavar ou desinfectar as mãos antes de colocá-la; 

        2) Colocar corretamente (borda dobrável deve estar para cima e a parte colorida para fora);

        3) Segurar pelos elásticos e adaptar a cada orelha;

        4) Ajustar ao nariz e queixo sem tocar na face da máscara.

       » Retirar a máscara:

        1) Lavar ou desinfectar as mãos;

        2) Retirá-la segurando somente nos elásticos;

        3) Manter a máscara afastada do rosto e roupa (para não propagar a contaminação);

        4) Deitar a máscara no lixo e lavar novamente as mãos.

- Desinfecção das superficies

   * Aumento da frequência de limpeza, tanto em casa como nos espaços públicos;

   * Usar detergentes e desinfectantes (álcool ou lixívia) na limpeza das superfícies;

 * Usar toalhetes à base de álcool para a desinfecção de aparelhos tais como, telemóveis, tablets, computadores.


Estou infectado? O que fazer?

Se apresenta sintomas, deve ligar SNS24 (808 24 24 24), caso lhe seja recomendado a realização do teste, irá receber a sua requisição e de seguida deve contactar o laboratório através do telefone, agendado a realização do mesmo. A colheita das amostras será feita nos pontos específicos para tal e deve ser realizada no máximo de 48 horas após o seu contacto com o laboratório.


Em caso de contágio, como será o tratamento?

O tratamento consiste no alívio dos sinais e sintomas que os doentes possam apresentar, sendo o paracetamol utilizado como o medicamento mais aconselhado. É recomendado o consumo de água em abundância, de forma a que se mantenha hidratado. Quando se sentir em condições, poderá fazer exercício físico leve.

É essencial que cuide para além do seu físico, da sua mente, logo é importante que mantenha o contacto com as pessoas que lhe são mais queridas através do telemóvel, computador, etc., evitando períodos de solidão e aproveitar para ter tempo de qualidade (ex: ver filmes, ler, fazer cursos online, etc.). 

Linhas de apoio (acompanhamento psicológico): SNS24 (tecla 4); ARSNorte (220411200) 


Segundo um estudo da Universidade de Oxford, existem sintomas que podem manter-se durante três meses após a infeção moderada a grave por COVID-19, tais como, falta de ar, fadiga, ansiedade ou depressão (64% queixaram-se de falta de ar persistente e 55% de fadiga). Verificaram igualmente, através de ressonância magnética, que a longo prazo, poderão apresentar falhas em vários órgãos (pulmões, rins, coração, fígado), bem como, inflamação persistente. A ressonância magnética detectou também alterações nos tecidos em partes do cérebro, e os doentes demonstraram comprometimento do desempenho cognitivo. A capacidade de sustentar o exercício também foi reduzida significativamente, devido a uma combinação de fadiga e anormalidades pulmonares.

Em Portugal, o epidemiologista Henrique Barros fez um estudo, que envolveu cerca de 2 mil doentes seguidos no Centro Hospitalar de São João no Porto, dos quais cerca de 20% foram internados e os outros foram seguidos sempre em ambulatório. Este estudo foi apresentado na reunião do governo com o Infarmed, a 12 de janeiro de 2021, sobre a "Situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal". 

Os doentes inquiridos afirmaram que o maior desafio que sentiram após a infecção, foi o isolamento, a ansiedade, o afastamento da família, o ultrapassar da doença, bem como, as dificuldades financeiras e a incerteza no futuro.

Segundo o epidemiologista, "Isso significa que as pessoas valorizam a doença e têm medo da doença. Tinham medo da morte, tinham medo de infetar os outros e tinham medo das sequelas e as sequelas existem". Os inquiridos, mesmo meses após a recuperação, afirmaram sentirem-se afetados por problemas de saúde. "Queixas de depressão, cefaleias, tonturas, palpitações e as conhecidas alterações do olfato e do paladar mantêm-se durante muito tempo e afetavam praticamente 18% destas quase 1.200 pessoas que inquirimos". Verificou-se igualmente no estudo que os sintomas persistiam "Um pouco mais no sexo feminino do masculino, um pouco mais nas idades intermédias do que nas idades extremas". No futuro, segundo Henrique Barros, encontraremos pessoas que nem souberam que estiveram infetadas, "Se não lhe fizermos, por exemplo, o teste de anticorpos não vamos saber que ela tem essa história no seu passado. Por isso eu atrevo-me a dizer que é preciso manter estes milhares e milhares de pessoas sob observação". "E se isso significa que temos que estar muito atentos e muito seguros na prevenção da infeção, também significa que temos que estar muito atentos e muito seguros no acompanhamento das pessoas e na atenção às pessoas".

Por fim, de acordo com o epidemiologista Henrique Barros, o estudo concluiu que "cerca de 25% a 30% das pessoas mantêm sintomas para lá dos oito, nove meses. Isto é, o covid-19 transforma-se se numa doença crónica".


Vários laboratórios encontram-se há meses no desenvolvimento de vacinas contra o covid-19. Já existem vacinas aprovadas para ser aplicadas na comunidade. A primeira a ser aprovada pela a OMS é a vacina da Pfizer/BioNTech.

O porquê da importância da vacina?

É importante, pois irá proteger-nos individualmente contra a doença e suas complicações e contribuir para a proteção da saúde pública, através da imunidade de grupo.


A vacinação em Portugal continental, iniciou-se a 27 de dezembro de 2020 nos hospitais. Esta vacina é administrada em duas doses, com o intervalo de 21 dias. Para o esquema vacinal ficar completo, a segunda dose tem que ser da vacina da mesma marca. Após ser vacinado, deve esperar no local cerca de 30 minutos. 

Podem surgir reações alérgicas ligeiras, tais como, dor ou inchaço no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, dor nas articulações ou febre, desaparecendo alguns dias depois. As reações alérgicas graves à vacina são muito raras e surgem, geralmente, pouco tempo após a administração.


Em atualização...


Fontes: WHO, DGS, SNS24, GOV, SA Health, University of Oxford

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